domingo, 30 de dezembro de 2012

Sêmen

Recomendo um post muito bom para os casais que estão buscando mais informações sobre inseminação, nos auxiliou bastante. Está no blog Diário de Carlota. Se você tem alguma dica sobre o assunto, divida conosco!
http://diariodeduasmamaes.blogspot.com.br/2012/12/quando-o-assunto-e-o-semen.html

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Outra conquisa

Tribunal de Justiça da Bahia regulamenta casamento gay

NELSON BARROS NETO
DE SALVADOR

O Tribunal de Justiça da Bahia regulamentou o casamento entre pessoas do mesmo sexo nesta semana, em decisão comemorada por entidades de defesa dos direitos dos homossexuais.
A norma obriga os cartórios de registro civil baianos a realizar o casamento gay, que já havia sido autorizado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) em outubro de 2011, mas não foi aceito automaticamente em todo o país.
Até esta semana, o casamento gay só havia sido regulamentado nos Estados de Alagoas e São Paulo --onde houve uma cerimônia gratuita com 47 casais homossexuais no último dia 28.
O texto publicado na quarta-feira pelo TJ baiano foi considerado "um marco" pelo GGB (Grupo Gay da Bahia).
Os casais gays agora poderão automaticamente trocar sobrenomes, ter direito a herança do cônjuge e adotar o estado civil de casados.
Outra diferença em relação à simples união estável é que poderão se casar de forma imediata, sem precisar provar judicialmente estarem juntos por ao menos três anos.
A desembargadora Ivete Caldas, que assinou o provimento, diz que é importante "atualizar a concepção familiar na comunidade".
A norma passa a valer a partir do dia 26 de novembro --prazo necessário para a adequação do sistema do TJ e dos cartórios--, mas os interessados já podem registrar pedidos pela internet.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Réplica à Veja por Jean Wyllys

http://jeanwyllys.com.br/wp/veja-que-lixo


12/11/12

Veja que lixo!




Riobaldo, CABRA macho, se apaixonou por Diadorim, que ele julgava ser um homem
Eu havia prometido não responder à coluna do ex-diretor de redação de Veja, José Roberto Guzzo, para não ampliar a voz dos imbecis. Mas foram tantos os pedidos, tão sinceros, tão sentidos, que eu dominei meu asco e decidi responder.
A coluna publicada na edição desta semana do libelo da editora Abril — e que trata sobre o relacionamento dele com uma cabra e sua rejeição ao espinafre, e usa esses exemplos de sua vida pessoal como desculpa para injuriar os homossexuais — é um monumento à ignorância, ao mau gosto e ao preconceito.
Logo no início, Guzzo usa o termo “homossexualismo” e se refere à nossa orientação sexual como “estilo de vida gay”. Com relação ao primeiro, é necessário esclarecer que as orientações sexuais (seja você hétero, lésbica, gay ou bi) não são tendências ideológicas ou políticas nem doenças, de modo que não tem “ismo” nenhum. São orientações da sexualidade, por isso se fala em “homossexualidade”, “heterossexualidade” e “bissexualidade”. Não é uma opção, como alguns acreditam por falta de informação: ninguém escolhe ser homo, hétero ou bi.
O uso do sufixo “ismo”, por Guzzo, é, portanto, proposital: os homofóbicos o empregam para associar a homossexualidade à ideia de algo que pode passar de uns a outros – “contagioso” como uma doença – ou para reforçar o equívoco de que se trata de uma “opção” de vida ou de pensamento da qual se pode fazer proselitismo.
Não se trata de burrice da parte do colunista portanto, mas de má fé. Se fosse só burrice, bastaria informar a Guzzo que a orientação sexual é constitutiva da subjetividade de cada um/a e que esta não muda (Gosta-se de homem ou de mulher desde sempre e se continua gostando); e que não há um “estilo de vida gay” da mesma maneira que não há um “estilo de vida hétero”.
A má fé conjugada de desonestidade intelectual não permitiu ao colunista sequer ponderar que heterossexuais e homossexuais partilham alguns estilos de vida que nada têm a ver com suas orientações sexuais! Aliás, esse deslize lógico só não é mais constrangedor do que sua afirmação de que não se pode falar em comunidade gay e que o movimento gay não existe porque os homossexuais são distintos. E o movimento negro? E o movimento de mulheres? Todos os negros e todas as mulheres são iguais, fabricados em série?
A comunidade LGBT existe em sua dispersão, composta de indivíduos que são diferentes entre si, que têm diferentes caracteres físicos, estilos de vida, ideias, convicções religiosas ou políticas, ocupações, profissões, aspirações na vida, times de futebol e preferências artísticas, mas que partilham um sentimento de pertencer a um grupo cuja base de identificação é ser vítima da injúria, da difamação e da negação de direitos! Negar que haja uma comunidade LGBT é ignorar os fatos ou a inscrição das relações afetivas, culturais, econômicas e políticas dos LGBTs nas topografias das cidades. Mesmo com nossas diferenças, partilhamos um sentimento de identificação que se materializa em espaços e representações comuns a todos. E é desse sentimento que nasce, em muitos (mas não em todas e todos, infelizmente) a vontade de agir politicamente em nome do coletivo; é dele que nasce o movimento LGBT. O movimento negro — também oriundo de uma comunidade dispersa que, ao mesmo tempo, partilha um sentimento de pertença — existe pela mesma razão que o movimento LGBT: porque há preconceitos a serem derrubados, injustiças e violências específicas contra as quais lutar e direitos a conquistar.
A luta do movimento LGBT pelo casamento civil igualitário é semelhante à que os negros tiveram que travar nos EUA para derrubar a interdição do casamento interracial, proibido até meados do século XX. E essa proibição era justificada com argumentos muito semelhantes aos que Guzzo usa contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Afirma o colunista de Veja que nós os e as homossexuais queremos “ser tratados como uma categoria diferente de cidadãos, merecedora de mais e mais direitos”, e pouco depois ele coloca como exemplo a luta pelo casamento civil igualitário. Ora, quando nós, gays e lésbicas, lutamos pelo direito ao casamento civil, o que estamos reclamando é, justamente, não sermos mais tratados como uma categoria diferente de cidadãos, mas igual aos outros cidadãos e cidadãs, com os mesmos direitos, nem mais nem menos. É tão simples! Guzzo diz que “o casamento, por lei, é a união entre um homem e uma mulher; não pode ser outra coisa”. Ora, mas é a lei que queremos mudar! Por lei, a escravidão de negros foi legal e o voto feminino foi proibido. Mas, felizmente, a sociedade avança e as leis mudam. O casamento entre pessoas do mesmo sexo já é legal em muitos países onde antes não era. E vamos conquistar também no Brasil!
Os argumentos de Guzzo contra o casamento igualitário seriam uma confissão pública de estupidez se não fosse uma peça de má fé e desonestidade intelectual a serviço do reacionarismo da revista. Ele afirma: “Um homem também não pode se casar com uma cabra, por exemplo; pode até ter uma relação estável com ela, mas não pode se casar”. Eu não sei que tipo de relação estável o senhor Guzzo tem com a sua cabra, mas duvido que alguém possa ter, com uma cabra, o tipo de relação que é possível ter com um cabra — como Riobaldo, o cabra macho que se apaixonou por Diadorim, que ele julgava ser um homem, no romance monumental de Guimarães Rosa. O que ele, Guzzo, chama de “relacionamento” com sua cabra é uma fantasia, pois falta o intersubjetivo, a reciprocidade que, no amor e no sexo, só é possível com outro ser humano adulto: duvido que a cabra dele entenda o que ele porventura faz com ela como um “relacionamento”.
Guzzo também argumenta que “se alguém diz que não gosta de gays, ou algo parecido, não está praticando crime algum – a lei, afinal, não obriga nenhum cidadão a gostar de homossexuais, ou de espinafre, ou de seja lá o que for”. Bom, nós, os gays e lésbicas, somos como o espinafre ou como as cabras. Esse é o nível do debate que a Veja propõe aos seus leitores.
Não, senhor Guzzo, a lei não pode obrigar ninguém a “gostar” de gays, lésbicas, negros, judeus, nordestinos, travestis, imigrantes ou cristãos. E ninguém propõe que essa obrigação exista. Pode-se gostar ou não gostar de quem quiser na sua intimidade (De cabra, inclusive, caro Guzzo, por mais estranho que seu gosto me pareça!). Mas não se pode injuriar, ofender, agredir, exercer violência, privar de direitos. É disso que se trata.
O colunista, em sua desonestidade intelectual, também apela para uma comparação descabida: “Pelos últimos números disponíveis, entre 250 e 300 homossexuais foram assassinados em 2010 no Brasil. Mas, num país onde se cometem 50000 homicídios por ano, parece claro que o problema não é a violência contra os gays; é a violência contra todos”. O que Guzzo não diz, de propósito (porque se trata de enganar os incautos), é que esses 300 homossexuais foram assassinados por sua orientação sexual! Essas estatísticas não incluem os gays mortos em assaltos, tiroteios, sequestros, acidentes de carro ou pela violência do tráfico, das milícias ou da polícia.
As estatísticas se referem aos LGBTs assassinados exclusivamente por conta de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero! Negar isso é o mesmo que negar a violência racista que só se abate sobre pessoas de pele preta, como as humilhações em operações policiais, os “convites” a se dirigirem a elevadores de serviço e as mortes em “autos de resistência”.
Qual seria a reação de todas e todos nós se Veja tivesse publicado uma coluna em que comparasse negros e negras com cabras e judeus com espinafre? Eu não espero pelo dia em que os homens e mulheres  concordem, mas tenho esperança de que esteja cada vez mais perto o dia em que as pessoas lerão colunas como a de Guzzo e dirão “veja que lixo!”.
Jean Wyllys
Deputado Federal (PSOL-RJ)

Pífido

Para quem, como eu, não acreditou que um texto da Veja fosse capaz de comparar casamento gay com união entre homens e cabras,  está aqui a prova. O texto é do JR Guzzo!


J.R. Guzzo

Parada gay, cabra e espinafre



Já deveria ter ficado para trás no Brasil a época em que ser homossexual era um problema. Não é mais o problema que era, com certeza, mas a verdade é que todo o esforço feito há anos para reduzir o homossexualismo a sua verdadeira natureza – uma questão estritamente pessoal – não vem tendo o sucesso esperado. Na vida política, e só para ficar num caso recente, a rejeição ao homossexualismo pela maioria do eleitorado continua sendo considerada um valor decisivo nas campanhas eleitorais. Ainda agora, na eleição municipal de São Paulo, houve muito ruído em tomo do infeliz “kit gay” que o Ministério da Educação inventou e logo desinventou, tempos atrás, para sugerir aos estudantes que a atração afetiva por pessoas do mesmo sexo é a coisa mais natural do mundo. Não deu certo, no caso, porque o ex-ministro Fernando Haddad, o homem associado ao “kit”, acabou ganhando – assim como não tinha dado certo na eleição anterior, quando a candidata Marta Suplicy (curiosamente, uma das campeãs da “causa gay” no país) fez insinuações agressivas quanto à masculinidade do seu adversário Gilberto Kassab e foi derrotada por ele. Mas aí é que está: apesar de sua aparente ineficácia como caça-votos, dizer que alguém é gay, ou apenas pró-gay, ainda é uma “acusação”. Pode equivaler a um insulto grave – e provocar uma denúncia por injúria, crime previsto no artigo 140 do Código Penal Brasileiro. Nos cultos religiosos, o homossexualismo continua sendo denunciado como infração gravíssima. Para a maioria das famílias brasileiras, ter filhos ou filhas gay é um desastre – não do tamanho que já foi, mas um drama do mesmo jeito.

Por que o empenho para eliminar a antipatia social em torno do homossexualismo rateia tanto assim? O mais provável é que esteja sendo aplicada aqui a Lei das Consequências Indesejadas, segundo a qual ações feitas em busca de um determinado objetivo podem produzir resultados que ninguém queria obter, nem imaginava que pudessem ser obtidos. É a velha história do Projeto Apollo. Foi feito para levar o homem à Lua; acabou levando à descoberta da frigideira Tefal. A Lei das Consequências Indesejadas pode ser do bem ou do mal. É do bem quando os tais resultados que ninguém esperava são coisas boas, como aconteceu no Projeto Apollo: o objetivo de colocar o homem na Lua foi alcançado – e ainda rendeu uma bela frigideira, além de conduzir a um monte de outras invenções provavelmente mais úteis que a própria viagem até lá. É do mal quando os efeitos não previstos são o contrário daquilo que se pretendia obter. No caso das atuais cruzadas em favor do estilo de vida gay, parece estar acontecendo mais o mal do que o bem. Em vez de gerar a paz, todo esse movimento ajuda a manter viva a animosidade; divide, quando deveria unir. O kit gay, por exemplo, pretendia ser um convite à harmonia – mas acabou ficando com toda a cara de ser um incentivo ao homossexualismo, e só gerou reprovação. O fato é que, de tanto insistirem que os homossexuais devem ser tratados como uma categoria diferente de cidadãos, merecedora de mais e mais direitos, ou como uma espécie ameaçada, a ser protegida por uma coleção cada vez maior de leis, os patronos da causa gay tropeçam frequentemente na lógica – e se afastam, com isso, do seu objetivo central.

O primeiro problema sério quando se fala em “comunidade gay” é que a “comunidade gay” não existe – e também não existem, em consequência, o “movimento gay” ou suas “lideranças”. Como o restante da humanidade, os homossexuais, antes de qualquer outra coisa, são indivíduos. Tem opiniões, valores e personalidades diferentes. Adotam posições opostas em política, religião ou questões éticas. Votam em candidatos que se opõem. Podem ser a favor ou contra a pena de morte, as pesquisas com células-tronco ou a legalização do suicídio assistido. Aprovam ou desaprovam greves, o voto obrigatório ou o novo Código Florestal – e por aí se vai. Então por que, sendo tão distintos entre si próprios, deveriam ser tratados como um bloco só? Na verdade, a única coisa que têm em comum são suas preferências sexuais – mas isso não é suficiente para transformá-los num conjunto isolado na sociedade, da mesma forma como não vem ao caso falar em “comunidade heterossexual” para agrupar os indivíduos que preferem se unir a pessoas do sexo oposto. A tendência a olharem para si mesmos como uma classe à parte, na verdade, vai na direção exatamente contrária à sua principal aspiração – a de serem cidadãos idênticos a todos os demais.

Outra tentativa de considerar os gays como um grupo de pessoas especiais é a postura de seus porta-vozes quanto ao problema da violência, imaginam-se mais vitimados pelo crime do que o resto da população; já se ouviu falar em “holocausto” para descrever a sua situação. Pelos últimos números disponíveis, entre 250 e 300 homossexuais foram assassinados em 2010 no Brasil. Mas, num país onde se cometem 50000 homicídios por ano, parece claro que o problema não é a violência contra os gays; é a violência contra todos. Os homossexuais são vítimas de arrastões em prédios de apartamentos, sofrem sequestros-relâmpago, são assaltados nas ruas e podem ser mortos com um tiro na cabeça se fizerem o gesto errado na hora do assalto – exatamente como ocorre a cada dia com os heterossexuais; o drama real, para todos, está no fato de viverem no Brasil. E as agressões gratuitas praticadas contra gays? Não há o menor sinal de que a imensa maioria da população aprove, e muito menos cometa, esses crimes; são fruto exclusivo da ação de delinquentes, não da sociedade brasileira.

Não há proveito algum para os homossexuais, igualmente, na facilidade cada vez maior com que se utiliza a palavra “homofobia”; em vez de significar apenas a raiva maligna diante do homossexualismo, como deveria, passou a designar com frequência tudo o que não agrada a entidades ou militantes da “causa gay”. Ainda no mês de junho, na última Parada Gay de São Paulo, os organizadores disseram que “4 milhões” de pessoas tinham participado da marcha – já o instituto de pesquisas Datafolha, utilizando técnicas específicas para esse tipo de medição, apurou que o comparecimento real foi de 270000 manifestantes, e que apenas 65000 fizeram o percurso do começo ao fim. A Folha de S.Paulo, que publicou a informação, foi chamada de “homofóbica”. Alegou-se que o número verdadeiro não poderia ter sido divulgado, para não “estimular o preconceito” - mas com isso só se estimula a mentira. Qualquer artigo na imprensa que critique o homossexualismo é considerado “homofóbico”; insiste-se que sua publicação não deve ser protegida pela liberdade de expressão, pois “pregar o ódio é crime”. Mas se alguém diz que não gosta de gays, ou algo parecido, não está praticando crime algum – a lei, afinal, não obriga nenhum cidadão a gostar de homossexuais, ou de espinafre, ou de seja lá o que for. Na verdade, não obriga ninguém a gostar de ninguém; apenas exige que todos respeitem os direitos de todos.

Há mais prejuízo que lucro, também, nas campanhas contra preconceitos imaginários e por direitos duvidosos. Homossexuais se consideram discriminados, por exemplo, por não poder doar sangue. Mas a doação de sangue não é um direito ilimitado – também são proibidas de doar pessoas com mais de 65 anos ou que tenham uma história clínica de diabetes, hepatite ou cardiopatias. O mesmo acontece em relação ao casamento, um direito que tem limites muito claros. O primeiro deles é que o casamento, por lei, é a união entre um homem e uma mulher; não pode ser outra coisa. Pessoas do mesmo sexo podem viver livremente como casais, pelo tempo e nas condições que quiserem. Podem apresentar-se na sociedade como casados, celebrar bodas em público e manter uma vida matrimonial. Mas a sua ligação não é um casamento – não gera filhos, nem uma família, nem laços de parentesco. Há outros limites, bem óbvios. Um homem também não pode se casar com uma cabra, por exemplo; pode até ter uma relação estável com ela, mas não pode se casar. Não pode se casar com a própria mãe, ou com uma irmã, filha, ou neta, e vice-versa. Não poder se casar com uma menor de 16 anos sem autorização dos pais, e se fizer sexo com uma menor de 14 anos estará cometendo um crime. Ninguém, nem os gays, acha que qualquer proibição dessas é um preconceito. Que discriminação haveria contra eles, então, se o casamento tem restrições para todos? Argumenta-se que o casamento gay serviria para garantir direitos de herança – mas não parece claro como poderiam ser criadas garantias que já existem. Homossexuais podem perfeitamente doar em testamento 50% dos seus bens a quem quiserem. Têm de respeitar a “legítima”, que assegura a outra metade aos herdeiros naturais – mas essa obrigação é exatamente a mesma para qualquer cidadão brasileiro. Se não tiverem herdeiros protegidos pela “legítima”, poderão doar livremente 100% de seu patrimônio – ao parceiro, à Santa Casa de Misericórdia ou à Igreja do Evangelho Quadrangular. E daí?

A mais nociva de todas essas exigências, porém, é o esforço para transformar a “homofobia” em crime, conforme se discute atualmente no Congresso. Não há um único delito contra homossexuais que já não seja punido pela legislação penal existente hoje no Brasil. Como a invenção de um novo crime poderia aumentar a segurança dos gays, num país onde 90% dos homicídios nem sequer chegam a ser julgados? A “criminalização da homofobia” é uma postura primitiva do ponto de vista jurídico, aleijada na lógica e impossível de ser executada na prática. Um crime, antes de mais nada, tem de ser “tipificado” – ou seja, tem de ser descrito de forma absolutamente clara. Não existe “mais ou menos” no direito penal; ou se diz precisamente o que é um crime, ou não há crime. O artigo 121 do Código Penal, para citar um caso clássico, diz o que é um homicídio: “Matar alguém”. Como seria possível fazer algo parecido com a homofobia? Os principais defensores da “criminalização” já admitiram, por sinal, que pregar contra o homossexualismo nas igrejas não seria crime, para não baterem de frente com o princípio da liberdade religiosa. Dizem, apenas, que o delito estaria na promoção do “ódio”. Mas o que seria essa “promoção”? E como descrever em lei, claramente, um sentimento como o ódio?

Os gays já percorreram um imenso caminho para se libertar da selvageria com que foram tratados durante séculos e obter, enfim, os mesmos direitos dos demais cidadãos. Na iluminadíssima Inglaterra de 1895, o escritor Oscar Wilde purgou dois anos de trabalhos forçados por ser homossexual; sua vida e sua carreira foram destruídas. Na França de 1963, o cantor e compositor Charles Trenet foi condenado a um ano de prisão, pelo mesmo motivo. Nada lhe valeu ser um dos maiores nomes da música popular francesa, autor de mais de 1000 canções, muitas delas obras imortais como Douce France – uma espécie de segundo hino nacional de seu país. Wilde, Trenet e tantos outros foram homens de sorte – antes, na Europa do Renascimento, da cultura e da civilização, homossexuais iam direto para as fogueiras da Santa Madre Igreja. Essas barbaridades não foram eliminadas com paradas gay ou projetos de lei contra a homofobia, e sim pelo avanço natural das sociedades no caminho da liberdade. É por conta desse progresso que os homossexuais não precisam mais levar uma vida de terror, escondendo sua identidade para conseguir trabalho, prover o seu sustento e escapar às formas mais brutais de chantagem, discriminação e agressão. É por isso que se tornou possível aos gays, no Brasil e no mundo de hoje, realizar o que para muitos é a maior e mais legítima ambição: a de serem julgados por seus méritos individuais, seja qual for a atividade que exerçam, e não por suas opções em matéria de sexo.

Perder o essencial de vista, e iludir-se com o secundário, raramente é uma boa ideia.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Conquista

http://revistapaisefilhos.com.br/familia/voce-viu/casal-de-lesbicas-consegue-direito-de-registrar-filhos


Casal de lésbicas consegue direito de registrar filhos

No Dia da Visibilidade Lésbica, elas gravaram um depoimento

Casal de lésbicas consegue direito de registrar filhos
Fernanda e Waldirene com os filhos gêmeos
29/08/2012
No início do mês, a justiça concedeu a Fernanda Bajo e Waldirene Pinto o direito de registrar o sobrenome delas na certidão de nascimento dos gêmeos que elas conceberam. O casal está junto há três anos e decidiu utilizar o método de fertilização in vitro. Assim, os óvulos de Fernanda foram fertilizados com a ajuda de um doador anônimo, e depois foram implantados no útero de Waldirene. Por isso, ambas foram reconhecidas como mães naturais, em decisão até então inédita na cidade de São Paulo.

O juiz responsável pelo caso reconheceu que as duas mulheres tinham o direito de registrar as crianças com os próprios sobrenomes. Agora, elas são responsáveis legais e devem garantir direitos legais aos filhos. Em homenagem ao Dia da Visibilidade Lésbica, elas gravaram um depoimento emocionante, a convite da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania e da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual. Confira:

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sábado, 22 de setembro de 2012

Medo

Desde a semana passada venho sentindo dores ao esforço na região inferior do abdómen. Nunca senti uma dor como essa. Acho que é em alguma parte do aparelho reprodutivo, mais especificamente no útero. Mas minha mãe teima em dizer que não há dor no útero, dessa forma. Estou com muito receio de que seja endometriose, pois minhas irmãs a tiveram, além de outras complicações similares, e não conseguem engravidar. Fiquei com muito medo de não poder engravidar. Mama B tentou me acalmar dizendo que se eu não puder, assim como várias outras mulheres da família, poderemos adotar. Sei que isso também seria maravilhoso, mas gostaria muito de ter um bebê. Nesta semana marcaremos o ginecologista. Deus queira que não seja nada. Abraços a todos.

Mama C

domingo, 9 de setembro de 2012

No trabalho...

Gosto muito de ler os blogs de outras famílias ou de futuras famílias homo, para adquirir informações, analisar suas experiências, mas principalmente saber o que pensam e como agem diante de situações que para mim ainda suscitam dúvidas.
Muitos podem achar o que irei relatar uma besteira, e talvez o seja, mas se estivessem no meu lugar poderiam ter as mesmas dúvidas. Tenho vergonha de comentar sobre essas minhas "fragilidades" com outras pessoas, e às vezes acho que não devo comentar porque dariam saídas ou explicações superficiais, que em nada acrescentaria.
Pois bem, me assumir lésbica para amigos e família não foi algo difícil, foi algo quase instantâneo, talvez porque eu soubesse que me amavam e portanto não me excluiriam das suas vidas. Mas tenho um grande problema em assumir minha identidade no trabalho. Isso me incomoda muito, é uma barreira que não consigo transpassar, mas sinto que necessito. Até porque não sou uma, sou duas, sinto-me duas e já já seremos três. E quando isso acontecer, quero me sentir livre. Escrevo nesse momento com a garganta presa, de quando se quer e ao mesmo tempo não se quer deixar as lágrimas escorrerem. Não sei com agir diante disso. Sou extremamente feminina e ainda não encontrei até hoje um gaydar que acertasse em relação a mim.
Mama B, ao contrário, é masculinizada, e fica muito fácil para ela ser o que é, pois não precisa falar, ela é, simplesmente é. Todos sabem, seu patrão sabe e interage conosco como uma família. Quando vamos a uma loja ou precisamos negociar algo, somos tratadas como casal, por verem nossas alianças e também porque é nítido.
Mas no trabalho, além dos dois colegas mais próximos, acredito que ninguém saiba de mim. Incomoda-me saber que as pessoas não sabem que sou gay. E daí me pergunto se todos precisam saber que sou gay e casada com outra mulher, desde funcionários a usuários assíduos da instituição. Seria necessário?
Talvez a resolução seria usar indefinidamente uma camisa com os escritos: Sou lésbica, sou casada com outra mulher. Ou desenhar em letras garrafais essas informações no meu facebook. O boato se espalharia.
Mas por que me incomodo tanto com isso?
Quando alguém me pergunta se sou casada, se tenho alguém....e esse alguém é do meu trabalho, não sei como agir. Como você agiria? Essa não é a pergunta correta! Imagine como se sentiria e consequentemente agiria se tivesse tudo o que tenho, fosse tudo o que sou. Não estou falando em bens materiais ou diplomas, isso pouco importa, estou falando da história da minha vida. Realmente, nessas horas gostaria de ser adepta dos cabelos curtos e tênis. Seria mais nítido? Com certeza não haveria tantas perguntas.
Nessa semana fui convidada para uma festa de aniversário da filha de um colega de trabalho. Foi a primeira vez que isso aconteceu, visto que estamos morando aqui há 6 meses apenas. Pois bem, falei a ele que levaria outra pessoa. Quando lá cheguei, apresentei Mama B, percebi que muitos olharam com ares de análise, mas isso é normal visto que é necessário alguns segundos para identificar se ela é mulher ou homem e isso acontece com frequência em qualquer lugar, já estamos acostumadas e isso não me incomoda de forma alguma. Sei que minha esposa é linda e andrógina, adoro que ela seja assim, me orgulho de ser sua esposa. Meus colegas interagiram com ela, foi normal...eu sabia que seria normal e eu queria inserir a Mama B no meu ciclo de amizades do trabalho. Porquê? Porque quero ser como todas as outras pessoas. Porque a Mama B precisa disso. Porque em um futuro bem próximo não seremos somente duas, seremos três...e nosso filho precisará frequentar festas de aniversário, viver normalmente.....e nós duas estaremos lá.
Meus parabéns mais sinceros se você não precisa mais ter este tipo de preocupação simplória, ainda estou tentando passar esse nível do jogo.

Abraços da Mama C

Dilema

O sonho da maternidade é maior que o meio pelo qual chegar a ela. Por isso, eu poderia adotar, fazer inseminação artificial usando meu óvulo ou da Mama B, usando óvulos de outra doadora caso fosse necessário, etc... A Mama B compartilha desse mesmo pensamento e sentimento, entretanto, sempre tive receio de que quando o bebê nascesse, não sendo do óvulo dela, ela não se sentisse mãe, não sentisse o amor incondicional que uma mãe tem. E eu jamais poderia incutir nela esse sentimento. Devido a isso, sempre busquei o caminho da ovodoação (óvulos da Mama B), mesmo tendo capacidade de usar os meus, normalmente.
Assim, nessas semanas que estive longe do blog, parti em busca de clínicas, informações, relatos, tudo...e o valor do tratamento realmente me deixou aflita. Podemos sim pagar pelo tratamento, mas sabemos que a possibilidade de este não dar certo e perder todo o dinheiro e o sonho, existe. Por isso, expliquei a Mama B tudo o que pensava, tudo o que havia encontrado de infromação...mas ainda assim ela falou: "Vamos tentar mesmo assim." e "Gostaria muito que tivéssemos um filho dessa forma, meu e teu." Isso me fez deixar o assunto um pouco quieto aqui em casa, pra poder refletir melhor sobre tudo. Eu realmente achava que poderíamos ter com uma inseminação caseira, pois seria mais fácil, mas não queria tirar o sonho da Mama B. Foi quando em uma bela tarde, após o trabalho, ela chega e diz: "Eu quero, quero sim ter um filho com você da maneira que for, pois de qualquer forma ele será NOSSO filho." Fiquei muito feliz com a decisão dela, pois em nenhum momento a instiguei àquilo, mas mesmo assim ela percebeu que ele será nosso, seja como for.
Assim, decidimos que teremos um bebê usando meu óvulo, sêmem de doador anônimo, em uma clínica... mas usando inseminação simples. Pretendemos, depois de uns três anos da primeira gestação, ter outro bebê, usando os óvulos da Mama B, pois talvez estejamos mais estabilizadas financeiramente.
Ainda tenho uma pontinha daqueles receios que citei acima, pois não quero passar por cima dos sonhos da Mama B, mas tenho fé em Deus que seremos quatro em breve, e completas.
Agora começa outra busca...onde encontrar o sêmem do doador, como escolher, como importar, será mesmo anônimo, escolheremos caucasiano para ficar também parecido com a Mama B?
Ainda temos tempo para responder a todas essas perguntas. Decidimos que iremos organizar algumas coisas em nossa vida antes da inseminação, como: terminar o pós-doutorado, quitar os dois apartamentos, abrir um novo negócio, terminar a especialização, fazer a mudança para o novo apartamento, comprar um carro maior, fazer uma mudança de hábitos alimentares e exercícios físicos, etc. Tudo isso são obrigações conjuntas, que já estão se encaminhando e não levará muito tempo para serem realizadas, mas pensamos que nossa vida precisa estar mais organizada para nosso bebê ter mais atenção ao chegar.
Abraços a todos e torçam por nós!

P.S.: Agradeço a todos os casais que têm enviado mensagens e comentários para nós. Desejamos muita sorte e felicidade a todos vocês. Gostaríamos muito de fazer amizade com outras famílias homo e trocar informações e experiências. Abraços!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Iniciantes

Estamos procurando uma clínica de fertilização que seja realmente segura, séria...nos passe confiança. Se ainda estivéssemos em São Paulo, tudo seria mais fácil. Onde moramos, infelizmente as possibilidades diminuem e a preocupação aumenta. Até chegamos a pensar em fazer mesmo em São Paulo, mas os gastos com tempo e dinheiro aumentariam sobremaneira.
Aqui há duas clínicas. Entrei em contato com ambas via e-mail mas somente uma respondeu. Perguntei o motivo pelo qual não há relatos de casais gays no site deles, se eles não faziam o tratamento em casais homoafetivos...afirmaram que faziam mas não há relato no site porque estes casais preferem não se expôr. Uma pena!!! Mas entendo, ainda existe muito preconceito...
Estamos começando a procurar em outros estados, talvez seja uma opção melhor, mas ainda gostaria de fazer aqui pela comodidade.
Em relação aos valor do tratamento, varia um pouco de uma clínica para outra, mas nada muito discrepante. O tratamento completo é caríssimo, ainda mais porque queremos fazer ovodoação, irei receber o óvulo da Mama B. As clínicas financiam, mas é necessário dar uma entrada de quase 50% do valor do tratamento. Há possibilidade de desconto com o Programa Acesso http://www.e-familynet.com/out/out.php?url=http://www.queroterumfilho.com.br , por exemplo, mas pelo que vi não nos enquadramos.
Quando leio os blogs de outros casais, encontro poucas informações detalhadas sobre essa fase inicial do tratamento...alguém teria mais informações para dividir conosco? Sobre clínicas, formas de desconto, ROPA, etc...
Abraços a todos!
Mama C

domingo, 8 de julho de 2012

Lesgeek


Domingão, Mama B viajando... e eu, como sempre, curtindo meu momento "Alone in the dark" da forma mais corriqueira: assistindo zilhões de filmes no "cinepredador". Não gosto muito de fazer isso quando ela está aqui...parece que passo uma imagem de inútil, preguiçosa...pois é, depois de 4 anos de casamento, ainda tenho essas nóias sobre o que ela pode pensar se eu comer demais, se eu não deixar a casa clean, se eu sentar de perna aberta....hahaha...e lógico, se eu me jogar em uma maratona interminável de filmes consecutivos...Mas essa nóia faz parte do meu jeito leonino de pensar e agir...e estou rezando para que, realmente, o escorpião me domine (ouvi dizer que após os 30 anos, o ascendente predomina na personalidade e realmente parece que isso começa a fazer sentido...ou será a maturidade chegando?).
Pra variar um pouco, nesses momentos de ócio, costumo assistir Histórias da Ana <http://www.youtube.com/watch?v=ewOhQBAizrA>, que conta de forma muito bem-humorada o dia-a-dia de uma atriz e como ela se vira com as pedras no sapato. A Ana é uma graça, a naturalidade dela me encanta.
Outro canal que acompanho no Youtube é o Dedilhadas, adoro as risadas da Rô e o jeito meio blasé da Sassá, além dos comentários que mesclam assuntos importantes e tiradas sarcásticas...
Mas, na verdade, o meu comentário de hoje é sobre um "artigo" muito bem escrito que saiu em um site que, por incrível que pareça, só conheci agora... http://sapatomica.com/. Adorei o formato e a diversidade de assuntos, parabéns meninas do Sapatômica...
Nele http://sapatomica.com/blog/2012/07/08/juntar-as-escovas-voce-esta-preparada/, dentre outras coisas, há um trecho bem detalhado sobre união estável homoafetiva, o qual descrevo aqui:

Se você deseja oficializar com a União Estável Homoafetiva, a gente te conta o que é preciso:
  1. 1. As partes devem agendar uma data prévia para assinar a escritura da união estável no cartório.
  2. 2. Os documentos para serem apresentados são:
    1. 2.1. RG e CPF (ou CNH não vencida) de ambas as partes (o RG deve estar em bom estado de conservação e não pode ser replastificado);
    2. 2.2. Comprovante de residência atualizado das duas;
    3. 2.3. Certidão de óbito (caso a companheira já houver falecido). Neste caso também comparecer com 2 testemunhas que conhecem o casal;
    4. 2.4. Certidão de Nascimento (caso forem solteiras);
    5. 2.5. Certidão de casamento (caso forem separadas, divorciadas ou viúvas);
    6. 2.6. Certidão de nascimento dos filhos (caso houver);
    7. 3. Como é uma declaração homoafetiva, comparecer com 2 testemunhas que conheçam ambas partes munidas de RG e CPF;
    8. 4. Custo: R$267,92 (em Tucuruvi – SP, você pode ligar antes no cartório da sua cidade para saber o preço).
Você pode marcar tudo pelo telefone e até mesmo enviar os documentos por escaneados por e-mail pra agilizar o processo, porque pode demorar aproximadamente 2 dias para ficar pronto. Esse é o tempo esse que o cartório precisa pra redigir o documento; e depois desses 2 dias vocês precisarão voltar lá para assinar os documentos e poder levá-los para casa.
Formalizar ou não a união com sua companheira é uma opção sua, no entanto, devo ressaltar que ter a união formalizada pode ajudar muito em momentos da vida civil comum como, por exemplo, incluir sua companheira no seu plano de saúde! Agora que vocês já decidiram se vão ou não oficializar.

Abraços a todos...

Mama C

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Sobre nós...

Conhecemo-nos há quatro anos atrás, quando morávamos em São Paulo. Como praxe dos casais "les", nos consideramos casadas desde então. Oficialmente estamos noivas, o casamento ainda não foi realizado e estamos esperando as leis brasileiras a favor do casamento gay evoluírem um pouco mais, para então concretizar oficialmente nossa união e deixar um amparo legal para nossos futuros filhos. Nossos pais e demais parentes sabem do nosso relacionamento e nos apóiam naturalmente, nunca tivemos problemas com isso. O amigos e os colegas mais afins do trabalho também. Agora que temos um melhor equilíbrio financeiro, pensamos em aumentar a família... Mama B adora crianças e eu também. Além disso, os amigos começaram a cobrar, minha mãe perguntou sobre para quando será o netinho e parece mesmo que à medida que o relacionamento evolui, nasce esse desejo dentro de nós. 

Abraços,
Mama C

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Boas vindas

Olá a todos! Somos duas mulheres com o desejo imenso de aumentar a família. Temos lido muitas notícias na internet e magazines, nos blogs e buscado informações de como dar início a esse grande e lindo projeto.
Nosso objetivo com este blog é trocar idéias com as demais famílias gls, obter informações sobre o processo e, em breve, compartilhar as nossas experiências como mães para que as novas famílias tenham uma fonte a mais de informação e, porque não, de amizade.

Abraços a todos!
Mama C