domingo, 15 de setembro de 2013

Renascimento do Parto

Super indico o filme "O Renascimento do Parto".

Este é um movimento que só cresce... por um mundo melhor! Por mais nascimentos com respeito! Por muito mais mudanças! Urgente!!

http://orenascimentodoparto.com.br/

http://orenascimentodoparto.com.br/#/trailer

Vejam o trailer!


Mais um depoimento emocionante da jornalista Natália, que assistiu o documentário no cinema:

O(re) nascimento dos pais...

25 anos. Mulher. Casada. Jornalista. Nascida às 7h em ponto (diz o registro) de 3 de março de 1988, no quarto branco de lençóis verdes do Hospital Alvorada, em São Paulo. Parto normal, com intervenção - e muitas marcas – de fórceps. Ali não estava meu pai (por medo de não aguentar e passar mal), tampouco fui levada para os braços de minha mãe depois do primeiro e forte choro.

Uma descrição fria demais, mas foi assim – sem poesia – que eu vim ao mundo. E era assim, com parto normal e “sem enrolação”, que eu imaginava que teria os meus filhos. Imaginava, no passado, até que duas primas “malucas” decidiram ter seus filhos em casa. E –pasmem - da ideia “absurda” nasceram três crianças lindas e saudáveis. As mães? Pareciam ainda mais recuperadas do que muitas amigas que fui visitar no hospital depois de terem seus bebês. Mas isso não parecia suficiente.

O parto não como um procedimento médico começou a fazer sentido para mim no dia em que conheci a pequena Amélie. Naquele domingo à tarde, a fofura de pais amorosos protagonizou a cena mais linda que me lembrojá ter visto. E cenas, fotos, têm grande valor para uma jornalista. Pois bem... Ali não estava a profissional. Estava a mulher que sentiu pela primeira vez aflorar um inexplicável desejo de viver a maternidade.

Saí dali e procurei ler sobre o assunto. Blogs, revistas, livros. A cada linha eu me encantava com a ideia e o rito emocionante do nascimento natural. Nenhuma outra opção fazia sentido, mas ainda tinha um problema: a resistência do maridão. Fomos criados cercados por médicos, cirurgias... Nunca adeptos sequer da homeopatia. “Nem pensar”, e interrompeu o assunto.

Ok. Não estou grávida ainda, e a gestação não está nos nossos planos do próximo ano. Mas se nos preparamos tanto para tudo na vida – são anos de faculdade para termos uma profissão; anos de namoro até o casamento; anos de economia até a compra do primeiro apartamento – como e por que não nos prepararmos para o momento mais importante da nossa vida, a chegada do nosso filho?

Consegui fazê-lo então aceitar um convite. E lá fomos nós assistir ao “Renascimento do Parto”. No caminho, nada de muitos comentários, mas alguma coisa ali naquela sala escura emocionou a nós dois. Duvidava que isso aconteceria, mas meu marido esteve atento, aberto a todas aquelas novas informações, mesmo que ainda na categoria de “malucas” para ele. Sim, algo mudou ali, enquanto permanecíamos de mãos dadas.

Sinto que não estamos – ainda – preparados para planejar o nascimento do nosso filho. Há um misto de medo e desinformação que ainda atrapalha, mas uma semente muito mais importante do que esse “detalhe” já foi plantada: a certeza de que queremos que ele ou ela venha quando estiver preparado e da maneira que quiser. Acredito que estamos ainda distantes do dia em que veremos essa ideia disseminada, para aí falarmos no renascimento do parto no Brasil. Ainda assim, pelo menos lá em casa, acho que já nasceram futuros pais melhores...

1 comentário:

  1. Esperei ansiosamente pela estreia de "O renascimento do parto" e assisti no início de Setembro aqui em BH! Foi emocionante! Chorei litros! rs!
    Muita gente não compreende direito esse processo da humanização do parto e do nascimento, não entende que isso se estende não só à mãe, mas também ao bebê. Por isso quero muito um parto domiciliar quando tiver meu filho!

    Beijos

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